sábado, 14 de maio de 2022

Dias do Teatro. Europeu, claro.

Entre 10 e 13 de maio decorreram os Dias do Teatro na nossa Escola.

Pensados para o Plano de Atividades elaborado em outubro passado, revelaram-se desadequados nas datas (em semana de Dia da Europa nada mais deve ocorrer, sob pena de atividades relevantes se 'encavalitarem'), tristes por força das circunstâncias (tiveram de acompanhar, em jeito de singela homenagem, os infelizes desaparecimentos de dois enormes vultos do teatro português) e muito interessantes para quem pôde acompanhar as suas atividades.

Desde logo, uma exposição documental que, a par das biografias desses dois vultos, destacou informações de carreira, momentos, criações e citações, o mais apelativas e representativas possível.








Logo no dia 10, 4 turmas de privilegiados - obrigado aos professores que os acompanharam! - assistiram, em silêncio e interessados, a um "Encontro com Encenadores" que foi igualmente um momento de evocação de Jorge Silva Melo, por um dos atores com que ele fundou a companhia de teatro "Artistas Unidos" em 1995. Participação comovente e importante, pois transmitiu muito bem qual foi o papel desse enorme senhor - ator, encenador, diretor, dramaturgo, professor, tradutor, intelectual erudito, o que bem ficava vertido nas suas inesquecíveis crónicas e, finalmente, realizador de cinema, ao qual se devem filmes delicados e um conjunto memorável de documentários sobre artistas, plásticos e não só, portugueses.



O painel, composto igualmente por elementos de três companhias de teatro de Coimbra - Isabel Craveiro, do Teatrão, João Janicas, da Bonifrates, e Sofia Lobo, ex-Escola da Noite, a título individual - foi muito rico pela diversidade de abordagens ao tema: ”: o que é o Teatro, fazer teatro, encenar, representar – desafios, dificuldades, sucessos". Inclusive, ao nível do estilo de alocução, diferente consoante os oradores, o que prendeu por completo a atenção dos presentes.
 

 

A estes é que não foi dado quase tempo nenhum para debate, o que foi uma pena. Para a próxima esforçar-nos-emos nesse sentido. Fica a promessa!
 

 
Seguidamente, no dia 11, exibiu-se o filme - ainda nem sequer estreado comercialmente - realizado por Tiago Durão, selecionado para os dois mais importantes festivais de cinema documental portugueses (DocLisboa e Porto/Post/Doc) - "Eunice ou carta a uma jovem atriz", para outras quatro turmas, de diferentes anos de escolaridade, a cujos professores igualmente agradecemos. 
 
Segundo a sua sinopse, "Neste filme revisitamos a vida de Eunice Muñoz através das memórias privadas da sua casa. Observamos o lado humano da atriz, que aqui não representa nenhum papel que não seja o de ser quem é ao lado de quem ama. Entramos no museu de memórias que é a sua casa e viajamos pelos últimos oitenta anos de carreira, que começaram no velho palco do Teatro Nacional. Observamos a cumplicidade natural entre Lídia e Eunice, vemos como as separam 62 anos de corpo e nem um único ano de espírito. Abrem-nos as portas à sua intimidade e aos seus rituais domésticos, que poderiam ser prosaicos, mas que se elevam a uma poética que não se filma, porque não se filma a poesia." Dele, disse a própria atriz, que teve a ideia do documentário e seguiu todas as suas fases: "É assim que eu quero que guardem uma memória de mim".
 
[foto... em falta!]
 
Finalmente, com a colaboração da Biblioteca Escolar, esteve patente uma pequena feira do livro do teatro, com a colaboração, que muito agradecemos, dos Artistas Unidos, Bonifrates e Livraria Almedina.
 



 
Para o ano há mais... mesmo que noutras datas! 

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