quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Palavra - a arma mais poderosa ao dispor da Humanidade

É já na 6ªf, dia 10, que alunos inscritos no Parlamento dos Jovens (e restantes colegas das suas turmas ou de outras) poderão assistir, no Pequeno Auditório, pelas 14h30, a um filme de 2017 que tardou em estrear em Portugal, mas... foi um sucesso quando tal aconteceu e, felizmente, deu origem à sua edição em dvd.

 

Falamos do êxito estrondoso em França de Le Brio (em tradução direta, "O Orgulho", "O Brio", na do título do filme "O Poder da Palavra"), uma obra do ator, realizador e argumentista Yvan Attal, de origens israelitas e, talvez por isso, muito sensível às questões de preconceitos racistas e religiosos, que serão trave-mestra deste filme.

Efetivamente, Neila Salah (Camélia Jordana, que recebeu por este papel o Prémio Revelação para Melhor Atriz em Cannes!) é uma jovem de ascendência argelina que cresceu nos arredores de Paris e sonha tornar-se advogada. Matriculada na prestigiada universidade parisiense de assas, Neila confronta-se, desde o início, com Pierre Mazard (o hiper-consagrado Daniel Auteuil), um professor conhecido pelas suas provocações e controvérsias de caráter preconceituoso e racista.

 

Como sintetizado pelo crítico Eurico de Barros, O Poder da Palavra é um filme que glosa a ancestral história de Pigmalião, situando-a na melindrosa arena contemporânea das agendas político-ideológicas, através das [suas] personagens. Não sendo um filme de "revolta" ou "anti", segundo o crítico, deixa uma mensagem de entendimento e melhoramento pessoal.

 

A nossa escolha deste filme como 'prenda de Natal' aos alunos inscritos no Parlamento dos Jovens teve a ver, em particular, com a homenagem que os argumentistas Victor Saint Macary, Yaël Langmann, Yvan Attal e Noé Debré fazem à retórica e ao poder da palavra, "que fica evidente desde os primeiros minutos do filme (...) com o pout-pourri de filósofos, escritores e afins comentando sobre questões diversas de interesse coletivo e individual [o antropólogo e filósofo Claude Lévi-Strauss, o escritor Romain Gary, o compositor e cantor Jacques Brel e, ainda, o compositor, cantor e showman Serge Gainsbourg]. O que todos eles tinham em comum? A eloquência, a retórica e a argumentação[, e a reflexão sobre elas]", escreveu Alessandra no seu blogue pessoal.

Cremos que será um filme do agrado de todos e propiciador de reflexões sobre o poder da palavra - aquele que determinará os futuros deputados jovens da nossa Escola, a serem eleitos no próximo dia 21 de janeiro! 

 

 



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